Parece clichê falar de algo que já foi discutido em festa de aniversário, ponto de ônibus e mesa de bar. Este é um assunto de inesgotáveis interpretações, tanto se ouve falar da crise de identidade que de repente você já tá falando sobre isso de novo.
Um dia você acorda e percebe que não é o carrossel que você deseja brincar, aí olha o do vizinho e acha o máximo, se a vida fosse um parque de diversões nos estaríamos neste momento presos eternamente ao bate bate.
Parece complicado mas, começa assim: Você tá feliz e contente, saltitando pela vida e de repente alguém lhe pergunta algo que você nunca pensou a respeito.
– Você é racista?
– Você acredita em Deus?
– O que você acha dos gays? E das putas?
– Você sabe o mal que a maconha causa?
– Quem torce pro Flamengo é tudo viado, diga aí?
– Menor é tudo marginal, se sabe usar droga, também sabe matar. Concorda?
– Sabia que ela tem AIDS?
– Seus pais são casados?No civil e no religioso?
– Ele é adotado, sabia?
– Nordestino é tudo ignorante, né não?
Eu poderia ter duas páginas com esse tipo de questionamento, o maior problema é achar que precisamos ter opinião sobre tudo. Desta forma, sempre iniciar uma discussão com intuito apenas de ter a razão.
Entenda, a crise financeira é permanente, mas a crise de identidade pode ter fim, basta aceitar que não sabe de tudo e nem precisa ter opinião pra qualquer assunto.
Nossa sociedade está sendo reformulada, e isso é bom e ruim.
Para uma convivência pacífica, aceite, respeite e inspire. O resto, releve.
Namastê