– O que você pediu de ano novo João?
– Uma máquina do tempo.
– Pra viver somente os dias de carnaval né?
– Não.
– Eu voltaria para minha infância e não deixaria meu eu menor apanhar do Juninho, assim eu teria ao menos um beijo da Fátima pra contar.
– Não vai perguntar o que eu quero fazer com a máquina do tempo não?
– Vai ficar fazendo mistério, então não quero saber.
– Você começou a conversa!
– Então conta, ia fazer o que?
– Dizer para meu eu jovem que não se precipitasse, bebesse menos, usasse camisinha pra não virar bancário e nem ter dois filhos mimados pelos avós. Não ser obrigado a trazer a sogra pra morar comigo, muito menos seu cachorro insuportável, não ter que emprestar dinheiro pra cunhado mala e por fim, não ter que casar com uma mulher azeda.
Olirio olhou para João bebendo a cachaça na garrafa, viu o peso do mundo no ombro do amigo e se viu na mesma situação.
– Sabe, eu iria fazer a mesma coisa.
– Mas e a Fátima?
– Que se lasque, não ia ficar comigo mesmo.
Continuaram bebendo e pensando quando essa tal máquina do tempo ia ser inventada.
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Senpre muito criativo
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Desculpa sempre
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