Tempo de festa

Todos temiam o rei do Olimpo, sabiam que sua ira era tão incontrolável como sua bondade. Dionísio sempre em festa, só fazia um único desejo ao pai: “Que parasse o tempo pois assim o banquete nunca terminaria”
De saco cheio com a aporrinhacao, naquela tarde Zeus convidara um homem inusitado para uma conversa em seus aposentos, tratou logo  de coloca lo frente a frente com Dionísio para que todos os esclarecimentos sobre o tempo fossem feitos.

Chronos, Deus do tempo, sem paciência para floreios já deixou claro que sua fome pelos segundos, minutos e horas era insaciável. Se quisesse outra resposta, ele daria mas parar o tempo jamais.

Dionísio em seus raros momentos de sobriedade sabia que não havia como conseguir mais tempo com aquele homem ranzinza. 

– O tempo não é relativo.

Disse incisivamente o que segurava a ampulheta com o passado de todos os homens.

– E quanto tempo leva para sabermos se é amor?

Dionísio sem saída, não tinha mais argumentos com aquele ser faminto. Chronos ainda não havia respondido, o que não era comum, o tempo pelo primeira vez poderia ser relativo. 

– Eu não sei responder a esta pergunta.

–  Mas o que houve? Com a fama que leva, deveria.

– Isto é relativo. 

– Com o tempo nada é relativo. Retrucou Dionísio e assim Chronos foi obrigado a abrir uma exceção ao Deus festivo, tirou um segundo do dia e criou o ano bissexto.

Salve!

Obs: O tempo é relativo em relação ao amor. A conversa já havia sido encerrada.

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