Reflexões de uma janela

Dividido entre as dúvidas da vida, nunca sabia onde devia estar seu coração, alguns diriam o óbvio:

– Onde houver mais amor.

Se esta resposta bastasse já havia escolhido. Entenda:

No primeiro lugar, foi onde escolheu semear sua vida, adoeceu, quase morreu mas, não desistiu. Queria estar lá, provar a si mesmo que era capaz de sobreviver, dois anos foram o suficientes para saber que aquilo iria mata-lo, sobreviveu por mais sete, número simbólico do arco íris. Não vivia, convivia, no melhor dia perguntava se ainda havia amor naquela sala vazia, a resposta vinha seca, seguida de um silêncio brutal. Não tinha como continuar mas não sabia se aquele deveria ser o seu destino.

No segundo lugar, não escolheu, foi escolhido. Mesmo que isso soasse novo mas com um sentimento de aventura e frustração antecipada, saber o passado de alguém nos torna refém em repetir um futuro doloroso. Mesmo que a vida não seja uma certeza, a rotina caminha para que não saíamos do lugar comum. Mas havia vantagem em escolher um novo caminho para sua trajetória, era diferente de tudo que experimentou até ali. Ainda assim ali tinha mais amor e um coração carente.

Dormiu tentando escolher, mesmo que a viagem já tivesse terminado.

Quem poderia escolher por ele?

O que você escolheria?

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